UFRJ aprova política de cotas para estudantes trans/travestis

Publicado em 31 de Outubro de 2025 às 15h17.

Em sessão realizada nessa quinta-feira (30), o Conselho Universitário da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) aprovou a implementação de cotas para pessoas trans nos cursos de graduação e pós-graduação stricto sensu. A nova política de ação afirmativa reserva 2% das vagas para esse grupo social. Foram 31 votos a favor e uma abstenção.

Foto: Divulgação / UFRJ

A nova reserva de vagas entrará em vigor no Sistema de Seleção Unificada (Sisu) deste ano, com ingresso das primeiras e dos primeiros estudantes através dessa política já em 2026. Os candidatos e as candidatas à graduação deverão ter cursado o ensino médio em escola pública ou comunitária do campo, conveniada com o poder público.

“Para nós, do ANDES-SN, a aprovação das cotas para a população trans/travesti na UFRJ é uma vitória significativa, não só para a educação pública, mas principalmente para a população que mais morre nesse país. O Brasil é campeão em homicídios relacionados à população trans/travesti”, afirmou Caroline Lima, 1ª vice-presidenta do ANDES-SN e da coordenação do Grupo de Trabalho de Políticas de Classe Políticas de Classe para as Questões Étnico-raciais, de Gênero e Diversidade Sexual (GTPCEGDS).

Conforme a diretora do Sindicato Nacional, apesar de ser apenas 2% das vagas, isso já é muito positivo para a inclusão desse grupo. “Acho que no momento em que a UFRJ e o seu Conselho Universitário se propõem a ampliar a política de cotas da universidade, também está preparando a comunidade acadêmica para ampliar o debate, para que a gente, nos próximos anos, consiga aumentar, inclusive, esse percentual. Não podemos esquecer da luta que foi para garantir as cotas, nas universidades e concursos públicos, para a população negra, quilombola, indígena. E agora, com essa aprovação do Conselho Universitário, acredito que o movimento trans/travesti e LGBTI+ sai muito fortalecido”, avaliou.

A UFRJ se soma às demais universidades federais do Rio de Janeiro que já implementaram políticas de cotas para pessoas trans/travestis em 2024. No país, mais de universidades públicas, entre federais e estaduais, já adotaram um programa de ações afirmativas específico para pessoas trans/travesti.
 

*Com informações da UFRJ

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